Quando comecei a ler scans, sei lá há quanto tempo, American Flagg! era a mola que me movia para descobrir o que acontecia nas "misteriosas" revistas que saíam lá fora e que a gente só ouvia falar vagamente aqui no Brasil naqueles tempos jurássicos, antes da internet se popularizar. Dessa forma eu tive contato com diversas outras publicações. Uma delas foi justamente Nexus. Há muito que eu poderia falar sobre Nexus, mas pouco sem estragar as surpresas. Sou péssimo com essa coisa de spoilers. Creio que basta dizer que li duas vezes, em inglês, as quase 90 edições dos Volumes 01 e 02 (o Volume 03 já seria a fase Dark Horse). Sim, eu gostei demais e acho que vocês vão gostar também.
Este Volume 01 tem algumas peculiaridades: Nexus começou na extinta Capital Comics, e foi lançada em uma minissérie em três edições em formato magazine (como as revistas MAD e Conan, por exemplo). Na sequência, ainda na própria Capital, iniciou-se o Volume 02, em cores, mas a Capital encerrou atividades na #06 de Nexus — e a partir da #07 passou a ser lançado pela First Comics.
Bom, este volume é em preto e branco, ainda incipiente mas repleto de possibilidades. Mike Baron, na sua melhor obra; Steve Rude, começando a moldar o estilo tão próprio que o distingue; capa de Paul Gulacy, de Mestre do Kung Fu e tantas coisas bacanas; e edição de Richard Bruning que, pouco depois, viria a se tornar marido de Karen Berger, a grande mente por trás da Vertigo no seu auge. Bruning também foi responsável pela direção de arte da Vertigo (e de várias capas marcantes como as de Sandman - Teatro do Mistério e Chiaroscuro, ambas lançadas com o selo Gibiscuits!) durante alguns anos.
Chega de papo. Aproveitem o início da lenda de Nexus. Boa leitura!
Produzido por Skætos